Faz um ano que a Microsoft passou a montar o Xbox 360 no Brasil e motivos para comemorar não faltam: o console, que tinha 5,9% de participação de mercado em agosto de 2011 - ou seja, antes da produção local -, se vê com 65% um ano depois. Os dados são do GFK e levam em consideração todo o mercado, do PlayStation 3 ao Master System (!!!), passando pelo PS2.
A montagem local, que reduziu o preço do Xbox 360 em 40%, teve reflexo imediato no varejo: só para citar dois exemplos, na Fnac as vendas do console aumentaram 1000%, enquanto a UZ Games passou a vender oito vezes mais Xbox 360.
"Foi um movimento ímpar, de bandeirante" , crava Guilherme Camargo, gerente de Xbox no Brasil, ao falar sobre a fabricação local, que acontece nas instalações da Flextronics, em Manaus. De fato, a iniciativa fez o preço do Xbox 360 cair bastante (a partir de R$ 799), enquanto o PlayStation 3, importado, sai por R$ 1.399.
O GFK não divulgou o market share da Sony, mas, diante da disparidade de valores, não é difícil imaginar a delicada situação da fabricante do PS3.
"Há um concorrente muito forte, PlayStation, que foi sinônimo de videogame por muitos anos no Brasil" , contemporiza Camargo, para logo em seguida revelar que, atualmente, o Xbox 360 passou a ser a escolha natural para muitos que possuem um PS2.
Vale destacar que o GFK audita apenas o mercado formal, ou seja, não entram na conta pirataria ou contrabando.
Com a redução de preço, facilidades do financiamento, suporte técnico e garantia, além dos atrativos do Kinect, o crescimento do console se refletiu também na performance dos jogos: a proporção de venda de games multiplataforma de Konami e Ubisoft, por exemplo, já é quase igual entre PS3 e Xbox 360 - e, como se sabe, o console da Sony sempre vendeu mais jogos no Brasil, devido à dificuldade em piratear a plataforma.
O futuro do Xbox 360 no Brasil é promissor: Halo 4 e Gears of War: Judgment, dois dos principais lançamentos do console, serão dublados em português. Além disso, até o final do ano chega o suporte PT-BR de reconhecimento de voz ao Kinect.
Quanto à Xbox Live, uma das próximas novidades a pintar por aqui é o serviço de música Xbox Music. Mas, sem ser muito detalhista, Camargo fala daquele que é, de fato, o principal objetivo em torno da Live: "Queremos diminuir a diferença de conteúdo em relação aos EUA e trazer mais conteúdo local ao Brasil".
Quando perguntando se o know-how adquirido com a montagem local facilitaria fazer o mesmo com o eventual sucessor do Xbox 360, Camargo desconversa, dizendo que não existe nada de concreto sobre o assunto. Porém, diante da insistência do repórter, acaba falando: "Mas eu tentaria, com certeza".
fonte: Gamesuniverse
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